terça-feira, 30 de julho de 2019

Bretas nega soltura a responsável por entrega de propina a Cabral

Por Douglas Corrêa - Repórter da Agência Brasil  Brasília
O juiz Marcelo Bretas, titular da 7ª Vara Federal Criminal do Rio, negou nesta segunda-feira (29) o pedido de soltura do economista Lineu Castilho Martins, preso na Operação C”est Fini, desdobramento da Lava Jato no Rio, que atuava como operador financeiro do ex-presidente do Departamento de Estradas de Rodagem (DER-RJ), Henrique Alberto Santos Ribeiro. Lineu era o responsável porentregar a propina que chegaria ao ex-governador Sérgio Cabral oriunda do esquema do DER-RJ. 
A defesa de Lineu havia pedido a suspensão do processo ao qual responde com base na decisão recente do presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Dias Toffoli, que . determinou, com base no poder geral de cautela, a suspensão do processo de todos os inquéritos e procedimentos de investigação criminal (PIC’s) atinentes aos Ministérios Públicos Federal e estaduais, em trâmite no território nacional, que foram instaurados à míngua de supervisão do Poder Judiciário e de sua prévia autorização sobre os dados compartilhados pelos órgãos de fiscalização e controle, como o Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) e o Banco Central, que vão além da identificação dos titulares das operações bancárias e dos montantes globais, decidido pela Corte Suprema.
O juiz Marcelo Bretas detalhou na decisão, que “ não havendo nestes autos qualquer discussão quanto à atuação da Receita Federal, entendo que a decisão do ministro Dias Toffoli a eles não se aplica. Por fim, esclareço que nenhuma das decisões proferidas, mormente na ação penal, teve como fundamento exclusivo o relatório do COAF”.
Em outro trecho da decisão, o juiz Bretas escreveu: “O MPF logrou trazer outros elementos, muitos dos quais obtidos de forma independente do trabalho do COAF, para corroborar suas alegações e, consequentemente, embasar as decisões. A título de ilustração, destaco que a denúncia foi instruída com 37 documentos, o que equivale dizer que a ausência ou a retirada do relatório do COAF não modificaria as decisões até agora tomadas.”
O juiz Bretas escreveu ainda na decisão que “finalmente, consigne-se que antes que qualquer medida invasiva contra os acusados, seja na esfera patrimonial, seja no tocante a sua liberdade, fosse efetivada, já havia esse juízo proferido decisões cautelares específicas, de forma que os direitos fundamentais dos envolvidos já estavam sob a devida e necessária tutela judicial. Todas estas situações demonstram que, no caso específico dos temas tratados nestes autos, não tem aplicabilidade a determinação de suspensão emanada pelo STF. Por tudo quanto exposto, indefiro o pedido formulado pela defesa de Lineu Castilho Martins e determino o prosseguimento da ação”.
Edição: Aline Leal

Em dia de muitas medalhas no Pan, taekwondo brasileiro faz história

Por Fábio Lisboa - Repórter da TV Brasil  Rio de Janeiro
No sexto dia de disputas dos Jogos Pan-Americanos, o Brasil conquistou importantes medalhas em diferentes modalidades. Mas o grande destaque foi o taekwondo, com marcas históricas sendo batidas nesta segunda (29).
A conquista de maior destaque da equipe de taekwondo do Brasil hoje veio no início da noite, com o ouro conquistado por Milena Titoneli na categoria até 67 kg. Em uma luta parelha a brasileira derrotou a norte-americana Paige Pherson por 9 a 7. Com o triunfo, Milena se tornou a primeira mulher brasileira campeã do taekwondo nos Pan-Americanos.
Havia a expectativa de mais um ouro nesta segunda. Mas Ícaro Martins acabou derrotado, por 19 a 17, pelo colombiano Miguel Angel Trejos na final da categoria até 80 kg, e garantiu a prata após uma luta muito emocionante.
Com isso o Brasil alcançou sua melhor campanha no taekwondo na história dos Jogos Pan-Americanos, com 7 medalhas conquistadas.
Mas a primeira medalha do Brasil no taekwondo, nesta segunda, veio com o medalhista olímpico Maicon Andrade. Após derrotar o equatoriano Jesus Perea ele levou para casa a medalha de bronze na categoria acima de 87 kg.
Outro terceiro lugar alcançado hoje na modalidade veio com Raiany Fidelis, que derrotou a venezuelana Carolina Fernandez na categoria acima de 67 kg.

Bronze na ginástica artística

Na ginástica artística, Flávia Saraiva fez uma ótima apresentação no solo, alcançando a melhor nota do dia neste aparelho, e conquistou a medalha de bronze no individual geral. No total a brasileira somou 54.350 pontos, fincando atrás apenas da canadense Ellie Black, que ficou com o ouro ao alcançar 55.250, e da canadense Riley McCusker, que garantiu a prata ao somar 55.125.
Este é o segundo bronze de Flávia Saraiva no individual geral em Jogos Pan-Americanos. Em 2015, em Toronto, ela alcançou a mesma marca. A segundabrasileira nesta decisão, Thaís Fidelis, ficou na sexta posição.

Bronze no hipismo - Vaga em Tóquio 2020

Outro bronze obtido hoje foi no adestramento por equipe do hipismo. Porém, a terceira posição obtida pelos brasileiros Pedro Tavares, Leandro da Silva, João Paulo dos Santos e João Victor Marcari teve um sabor especial. Esta posição garantiu a presença brasileira na modalidade na próxima edição dos Jogos Olímpicos, que será realizado ano que vem em Tóquio.

Bronze no pentatlo moderno

Também em equipe, mas no pentatlo moderno feminino, o Brasil garantiu um bronze com Isabella Antonietto e Priscila Santana. As norte-americanas ficaram com o ouro e as cubanas com a prata.

Bronze no wakeboard

Já em uma modalidade individual, o wakeboard, Mariana Nep conquistou mais um bronze para o Brasil.

Ouro na canoagem

Hoje mais cedo o baiano Isaquias Queiroz conquistou o ouro na prova de 1.000 metros do C1 da canoagem de velocidade com o tempo de 3m47s631. Esta é aquarta medalha do brasileiro em Pan-Americanos.
Também na canoagem o Brasil obteve dois bronzes. O primeiro foi com Ana Paula Vergutz nos 500 metros do K1. Para alcançar a medalha ela fez o tempo de 1m54s294.
O outro veio com Vagner Souta nos 1.000 metros do K1. O brasileiro marcou um tempo de 3m35s960 na prova.

Ouro no triatlo

O Brasil garantiu outra medalha dourada no revezamento misto de triatlo. A equipe brasileira foi formada por Luisa Baptista, Vittoria Lopes, Manoel Messias e Kauê Willy. Esta foi a quarta medalha do triatlo brasileiro na atual edição do Pan.

Handebol - vale vaga na final

Hoje às 22h30, nas seminfinais do handebol feminino, o Brasil joga contra os Estados Unidos.
A seleção brasileira está embalada. Com atuação impecável, venceu as três partidas que disputou. Ganhou de Porto Rico (40 a 16), do Canadá (41 a 12) e de Cuba (29 a 20).
Até o momento, Brasil soma 25 medalhas; 7 de ouro, 5 de prata e 13 de bronze. A 18ª edição dos Jogos Pan-Americanos de 2019 vai até o dia 11 de agosto em Lima, no Peru.

CMN conclui regulamentação de cadastro positivo

Por Wellton Máximo – Repórter da Agência Brasil  Brasília
Sancionada há três meses, a lei que facilitou o cadastro positivo – lista de bons pagadores – agora pode entrar efetivamente em vigor. O Conselho Monetário Nacional (CMN) concluiu hoje (29) a regulamentação do registro dos diretores e dos controladores responsáveis pelas empresas e pelos bancos de dados que acompanharão a vida financeira dos consumidores em todo o país.
A resolução aprovada pelo conselho obriga os diretores das empresas que recolhem os dados dos pagadores a comprovar capacitação técnica para a função. Os controladores dos bancos de dados (empresas que processam as informações e dão notas aos consumidores) deverão ter reputação ilibada (sem suspeita). Somente com esses dois requisitos, essas companhias poderão obter o registro no Banco Central (BC) exigido pela nova lei do cadastro positivo.
Segundo o chefe do Departamento de Regulação do Sistema Financeiro do BC, João André Calvino Pereira, a resolução do CMN lista critérios semelhantes aos aplicados para controladores e diretores das demais instituições financeiras. Ele estimou que, com a nova lei, o número de brasileiros na lista de bons pagadores, que podem obter juros e taxas mais baixas, salte dos atuais 10 milhões para 70 milhões, 80 milhões ou até 90 milhões de pessoas. O representante do BC, no entanto, não deu um prazo para que isso ocorra.
Um decreto assinado pelo presidente Jair Bolsonaro publicado no dia 25  listava mais critérios para a formalização das empresas de coleta de informações e os bancos de dados. Além de terem de cumprir padrões de segurança, de proteção das informações, eles precisam ter patrimônio líquido de pelo menos R$ 100 milhões e terem diretores separados para a gestão dos cadastros e para a segurança da informação.
O decreto também detalhou os procedimentos a serem seguidos no caso de vazamento de dados. Caso as informações vazadas tratem do sistema financeiro, o Banco Central deverá ser comunicado. Se dados de consumidores forem divulgados indevidamente, a apuração caberá à Secretaria Nacional do Consumidor do Ministério da Justiça. Caso os vazamentos digam respeito a dados de pessoas físicas não relacionados ao consumo, a recém-criada Autoridade Nacional de Proteção de Dados deverá ser avisada.

Crédito rural

O CMN também simplificou o processo de comunicação de indícios de irregularidades penais ou fiscais nas operações de crédito rural. Até agora, caso o banco detectasse alguma suspeita, deveria comunicar ao Banco Central, que repassaria as informações aos órgãos competentes. Agora, os dados poderão ser enviados diretamente ao Ministério Público, no caso de delitos ou crimes penais, e à Receita Federal, no caso de problemas fiscais, como suspeita de sonegação.
Edição: Fábio Massalli

Bolsonaro: invasão de telefone é crime e ponto final

 Pedro Rafael Vilela - Repórter da Agência Brasil  Brasília
O presidente Jair Bolsonaro afirmou hoje (29), por meio de seu porta-voz, Otávio Rêgo Barros, que a invasão de telefones de autoridades "é crime e ponto final". Foi uma referência à interceptação de comunicações privadas do ministro Sergio Moro e diversas outras autoridades. Investigação da Polícia Federal sobre o caso, batizada de Operação Spoofing, prendeu quatro suspeitos do crime na semana passada. 
"O presidente tem se pronunciado, no entendimento de que essa ação de hackerstem 'a intenção de atingir a [Operação] Lava-Jato, o ministro Sergio Moro, atingir a minha pessoa [Bolsonaro], tentar desqualificar, tentar desgastar o governo'. E ressaltou que 'a invasão de telefones é crime e ponto final'", disse o porta-voz, em entrevista coletiva no Palácio do Planalto. 
O principal suspeito de invadir as comunicações privadas de autoridades, Walter Delgatti Neto, afirmou, em depoimento, que foi ele quem entregou voluntariamente o conteúdo das mensagens ao jornalista norte-americano Glenn Greenwald e que não foi pago para isso.
O presidente Jair Bolsonaro participa da entrega de medalhas da Olimpíada Internacional de Matemática Sem Fronteiras 2019, no Colégio Militar da Polícia Militar V, em Manaus.
Greenwald é fundador do site The Intercept, que tem divulgado as trocas de mensagens atribuídas a procuradores da Lava Jato e ao ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, então juiz que comandava as ações da operação em Curitiba.
No fim de semana, Bolsonaro disse que Glenn Greenwald "talvez pegue uma cana aqui no Brasil". Segundo o porta-voz do governo, trata-se de uma "percepção pessoal" do presidente. 
Edição: Fábio Massalli