quinta-feira, 7 de fevereiro de 2013
"Por que quem não gosta de ficção assiste a novelas?", diz Glória Perez
Adepta das redes sociais, Glória Perez
administra bem as críticas que vem recebendo
por "Salve Jorge". Em entrevista ao site do
Hugo Gloss, a autora afirma gostar da
proximidade com o público, mas que tem
preguiça de responder a certas questões sobre
o desenrolar da trama, como a morte da
Jéssica, personagem de Carolina Dieckmann,
vítima de uma injeção letal. "[a morte] Até foi
baseada em fato real, mas não precisaria ser.
Às vezes leio umas observações assim e me
pergunto: por que raios quem não gosta de
ficção assiste a novelas?", indaga.
Ao analisar a aceitação dos personagens pelo
público, Glória diz ter se surpreendido com a
identificação das mulheres por Russo,
personagem de Adriano Garib. "Recebo muitas
demonstrações de encantamento pelo Russo,
pelos modos dele até. Bem…tem gosto pra
tudo, não é?".
Já sobre Théo, de Rodrigo Lombardi, a autora
quis criar um personagem que foge dos
padrões atuais, para acentuar as discussões
sobre os diferentes tipos de personalidades.
"É preciso aceitar que existem modos de ser e
de viver a vida diferentes daqueles que
dominam os points de São Paulo e do Rio de
Janeiro. Tenho batido nessa tecla. Do ponto de
vista de um pessoal descolado, o Théo é
certinho demais. Do ponto de vista do Théo,
os descolados não correspondem a imagem
bacana que fazem de si próprios", explicou.
Sem dar muitas pistas sobre o futuro dos
personagens na trama, Glória afirma ter ideia
de como será o final do folhetim, mas não
descarta mudanças na sinopse. "A obra é
aberta, então as personagens vão ganhando
vida própria e, muitas vezes, se desviam do
que foi pensado antes para elas".
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