Com previsão inicial de 96 capítulos, o
remake "Dona Xepa", da Record, estreia nesta
terça-feira (21), às 22h15. Além de ser
considerado um folhetim de sucesso na
televisão brasileira, uma das apostas é o
formato compacto, já que terá duração de
três meses.
Com a atriz Ângela Leal interpretando o papel
principal, Xepa será uma feirante guerreira,
que foi abandonada pelo marido Esmeraldino
(José Dumont) e faz de tudo para sustentar os
filhos, a advogada Rosália (Thais Fersoza) e o
estudante de arquitetura Édison (Arthur
Aguiar). "A Xepa é a Dilma [Rousseff] do
século 21, é atemporal", metaforizou Ângela
, que disse se identificar com a solidariedade e o amor incondicional da personagem pelos filhos.
A trama é escrita por Gustavo Reiz, inspirada
na peça teatral homônima, com colaboração
de Joaquim Assis, Mário Vianna, Mariana
Vielmond e Valéria Motta. Com um orçamento
total de R$ 200 mil, os capítulos podem
diminuir. "A ideia é reduzir e diluir os
custos", afirmou o diretor Ivan Zettel,
durante filmagem na cidade de São Paulo.
Ambientada em São Paulo, a novela transita
pela feira livre no bairro precário Vila do
Antigo Bonde e na alta sociedade, abordando
questões sociais, que influenciam no
cotidiano. Avanço imobiliário sobre as regiões
residenciais, ascensão da classe C, a busca
desmedida pela fama, a influência da internet
e das redes sociais na vida das pessoas, serão
alguns dos temas discutidos.
Com personagens facilmente reconhecíveis na
sociedade, "Dona Xepa" traça um retrato da
realidade brasileira, com uma história
humana, divertida e atual.
A primeira "Dona Xepa" foi escrita por
Gilberto Braga, dirigida por Herval Rossano e
exibida na Rede Globo, em 1977. Dona Xepa,
Rosália e Édison foram interpretados
respectivamente, por Yara Côrtes, Nívea Maria
e Reynaldo Gonzaga.
Em 1990, a novela ganhou uma adaptação na
TV Globo. Chamada "Lua Cheia de Amor",
tinha Marília Pêra no papel de Genú (Xepa),
Isabella Garcia no papel de Mercedes (Rosália)
e Roberto Bataglin como Rodrigo (Édison).
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