quinta-feira, 8 de novembro de 2012
Resumo da Ópera Manon Lescaut
“Manon Lescaut”
de Giacomo Puccini (Lucca, 22 de
Dezembro de 1858 – Bruxelas, 29 de
Novembro de 1924). Terceira ópera do
compositor, então com 35 anos.
Libreto de Oliva e Illica segundo
Prévost. Estreia em Turim – Teatro
Reggio, a 1 de Fevereiro de 1893.
Personagens: Manon / Edmondo / Des
Grieux / Lescaut / Geronte /
Estalajadeiro / Um músico / Mestre de
dança / Sargento / Acendedor de
lampiões / Comandante.
Antecedentes: Em 1731 surgia um
romance do Abade PREVOST intitulado
“Memórias e Aventuras dum
Cavalheiro”. Em 1856, passado mais de
um século sobre essa edição, surgiria a
primeira ópera escrita sobre um dos
episódios do livro, que fala dos
desventurados amores do cavaleiro
DES GRIEUX e de MANON LESCAUT.
Essa primeira ópera era da autoria de
DANIEL FRANÇOIS ESPRIT AUBER, que
ficaria conhecido sobretudo por uma
sua outra ópera, “Fra Diavolo”, e pela
preferência que a grande cantora
PATTI tinha por algumas das suas
árias.
Hoje poucos se recordarão desta
“MANON de AUBER”, mas poucos não
conhecem as duas outras óperas
sobre o mesmo tema, de MASSENET e
de PUCCINI – a de MASSENET estreada
em Paris em 1884; a de PUCCINI
apresentada pela primeira vez no
Teatro Real de Turim 9 anos mais
tarde.
PRIMEIRO ACTO: A acção passa-se
em 1721, e inicia-se numa Estalagem
em Amiens, onde o cavaleiro DES
GRIEUX, de semblante sombrio, é alvo
das brincadeiras de EDMONDO e de
um grupo de Estudantes e de jovens,
que lhe perguntam se sofreu alguma
decepção amorosa. Numa diligência,
chegam LESCAUT, MANON, sua irmã, e
GERONTE, um velho muito rico.
LESCAUT pretendia levar a irmã para
um convento, onde esta completaria a
sua educação, mas repara que ela
provoca um interesse muito especial
em GERONTE, e diz-se disposto a
fechar os olhos e a permitir que o
velho rapte a irmã, tudo com a
cumplicidade do Estalajadeiro. DES
GRIEUX observa a chegada dos
viajantes, e fica profundamente
perturbado com MANON, pela qual se
apaixona de imediato. MANON sente-
se também deliciada com o interesse
do jovem cavaleiro, com o qual acaba
por trocar juras de amor. EDMONDO,
que escutara os planos de LESCAUT e
do velho GERONTE para raptar a
jovem, informa DES GRIEUX, que
facilmente consegue convencer
MANON a fugir com ele, na própria
carruagem destinada ao rapto. Pouco
preocupado com o sucedido, LESCAUT
diz ter a certeza de que conseguirá
convencer a irmã a aceitar a proposta
de GERONTE, já que conhece, melhor
do que ninguém, o amor da irmã pelo
luxo.
SEGUNDO ACTO: Paris: Tal como
LESCAUT previra, MANON vive agora
num luxuoso apartamento montado
por GERONTE. Mas ela confessa ao
irmão que todas aquelas cortinas de
seda a deixam gelada, e que o seu
único desejo é poder regressar à casa
humilde onde conhecera o verdadeiro
amor. Entra um Professor de Dança, e,
na presença de GERONTE e de alguns
seus convidados, MANON é iniciada na
arte do Minueto. LESCAUT sai para
informar DES GRIEUX onde MANON se
encontra. O cavaleiro ganhara algum
dinheiro ao jogo, tornando-se um
pretendente desejável. DES GRIEUX
corre para o apartamento e encontra
MANON sozinha. Começa por censurar
violentamente o seu comportamento,
mas acaba repetindo novas juras de
amor. GERONTE aparece e surpreende
os dois. Fica furioso e sai para chamar
a Polícia. LESCAUT exorta os amantes a
fugirem, mas MANON não se conforma
em deixar para trás as jóias ganhas de
GERONTE, insistindo em levá-las
consigo, e DES GRIEUX volta a censurá-
la pelo seu desmedido amor ao luxo.
Todas estas hesitações irão revelar-se
fatais: GERONTE regressa com a
Polícia, acusa a amante de prostituição,
e MANON vai presa.
TERCEIRO ACTO: Havre, numa praça
junto do porto: DES GRIEUX e LESCAUT
planeiam libertar MANON, condenada
ao degredo, e que deverá embarcar,
com outras prostitutas, com destino à
colónia francesa de Louisiana, na
América do Norte. No meio de grande
agitação, é lida a lista das mulheres
que deverão embarcar. Quando ouve
o nome de MANON, DES GRIEUX
coloca-se ao seu lado. Os guardas
tentam afastá-lo, mas ele mantém-se
firme na sua decisão: embarcará
também. O Comandante aproxima-se,
e DES GRIEUX implora-lhe que atenda
o seu pedido, dizendo-se disposto a
executar qualquer tarefa, por mais
humilde que seja. O Comandante
acaba por ceder, e MANON e DES
GRIEUX embarcam juntos.
QUARTO ACTO: O último acto passa-
se numa planície na fronteira de Nova-
Orleans, um cenário de grande
desolação. Perseguidos pelas intrigas e
pelos ciúmes, MANON e DES GRIEUX
deixaram a cidade. Agora lamentam a
desgraça que se abateu sobre eles, e
MANON, pressentindo a proximidade
da morte, pede a DES GRIEUX que a
deixe morrer sozinha. Desesperado,
DES GRIEUX parte em busca de auxílio,
e só, como pedira, MANON exprime a
sua desolação. O cavaleiro regressa,
mas encontra-a agonizante.
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