Glória Maria Rebelo Ferrante
Perez (Rio Branco , 25 de setembro
de 1948 ) é uma autora de
telenovelas , séries e minisséries
brasileira .
Biografia
Nascida em 1948 , em Rio Branco , no
Acre , filha do advogado Miguel
Jerônimo Ferrante e da professora
Maria Augusta Rebelo Ferrante. Sua
mãe era filha de piauiense com
cearense, e seu pai filho de italianos.
Eles nasceram e foram criados em
Rio Branco. O avô paterno de Glória
era um operário mecânico que fugiu
de São Paulo por envolvimento com
o movimento anarquista. Ao chegar
no Acre conheceu a avó de Glória,
uma viúva com quatro filhos. Se
casaram, e então nasceu o pai de
Glória e mais três filhos. Glória tem
um único irmão chamado Saulo, que
é médico.
Glória cresceu em meio a floresta,
nadava em rios, brincava em árvores
e teve uma infância feliz, já que Rio
Branco era um pequeno território
tranquilo, em que predominava a
natureza. Desde essa época adorava
escrever e imaginar. Morou em sua
cidade natal até seus 15 anos, porém
queria terminar os estudos, e no
Acre só existia o ginásio, que Glória
já havia terminado. A mãe de Glória
queria se mudar para o Rio de
Janeiro, mas seu pai preferiu ir para
Brasília, por ser uma cidade calma,
como Rio Branco. Em 1963
chegaram a recém capital do Brasil.
Em Brasília, Glória terminou o
colegial, e sonhava em fazer
faculdade de História. Passou no
vestibular da Universidade de
Brasília, mas lá não tinha o curso de
História, o que deixou Glória
decepcionada, porpem ela começou
a estudar outra profissão a qual
simpatizava: Direito. Estudou o
curso até 1968 , quando a faculdade
foi invadida por militares. Aliado
ainda a seu desejo de ser
historiadora, e ainda a invasão do
prédio, desistiu da carreira de
advogada.
Desde que chegou á Brasília,
começou a namorar o engenheiro
Luiz Saupiquet Perez. Quando
desistiu da faculdade, já estavam
noivos, mas ele viajava muito e
passou a morar na Cidade do Rio de
Janeiro, e só ia em Brasília para
passar os fins de semana e visitar
Glória e sua família. No fim de 1968,
Glória fez suas malas e saiu de casa,
indo morar com Luiz no Rio. Em
1969 oficializaram a união,[1] da qual
nasceram três filhos: Daniela
Ferrante Perez, nascida em 11 de
agosto de 1970, Rodrigo Ferrante
Perez, nascido em 28 de novembro
de 1972 e Rafael Ferrante Perez,
nascido em 19 de março de 1977 .[2]
Após alguns anos do nascimento dos
filhos, passou no vestibular da UFRJ
e conseguiu realizar seu sonho e se
formou em História. [3]
Glória e Luiz se divorciaram em 1984 ,
por não estarem mais se
entendendo. Ficaram amigos após a
separação e o marido deixou Glória
continuar a usar seu sobrenome
Perez, no qual ela já estava
conhecida. Após o divórcio não mais
casou, aparecendo na midia ao longo
dos anos com namorados. [4]
Duas tragédias abalaram a vida de
Glória: Sua filha, Daniela Perez, que
trabalhava como atriz na novela em
que escrevia, foi brutalmente
assassinada a golpes de tesoura pelo
seu colega de cena Guilherme de
Pádua , que tinha uma inveja doentia
dela. O crime foi cometido junto
com a esposa dele. O assassinato
ocorreu em 28 de dezembro de 1992,
o que causou a revolta e a dor em
Glória, que passou a querer penas
mais rígidas para o crime de
assassinato no Brasil, mas os
criminosos ficaram menos de dez
anos na cadeia, o que deixou Glória
arrasada. Outro sofrimento tomou
conta de Glória: Seu filho Rafael, que
nasceu com Síndorme de Down,
faleceu dia 28 de novembro de 2002,
aos 25 anos, justamente no
aniversário de 30 anos de Rodrigo.
Rafael faleceu vítima de uma
infecção instestinal generalizada, o
que causou depressão a Glória.[5]
Glória possui netos, filhos de
Rodrigo, que é casado. Em 2009
enfrentou outro drama: Descobriu
ter um linfoma , um tipo de câncer , e
passou o ano todo fazendo cirurgias
e sessões de quimioterapia, além de
ter tomado muitos remédios, mas
felizmente se curou. [6]
Vida profissional
O início de fato de sua carreira se
deu em 1983 quando foi
colaboradora de Janete Clair , em Eu
Prometo . Mas antes, a autora já
tinha escrito um episódio para a
série Malu Mulher , em 1979, que
nunca chegou a ser gravado. Esse
script chegou 'as mãos de Janete,
que se interessou pelo seu trabalho
e a chamou para ser colaboradora
de sua próxima (e também última)
novela. Janete, com problemas de
saúde, escreveu até o capítulo 60.
Com o falecimento da autora titular,
Glória cumpre a promessa e leva a
história até o fim, com supervisão de
texto de Dias Gomes.
No ano seguinte, assina com
Aguinaldo Silva a novela Partido Alto,
primeira novela como autores-
titulares de ambos.
Em 1987 escreve a polêmica novela
Carmem , que falava de pacto de
sangue e rituais com entidades do
candomblé, na extinta Rede
Manchete . A novela conseguiu altos
índices de audiência, chegando a
superar a Rede Globo. Devido ao
sucesso, a autora voltou 'a sua
antiga emissora para escrever a
minissérie Desejo , com grande êxito.
No mesmo ano, vai ao ar a
emocionante novela Barriga de
Aluguel, que discutia o assunto
maternidade. A trama conseguiu
grande sucesso causando o
esticamento da novela, que terminou
com 243 capítulos, uma das maiores
novelas em número de capítulos.
Em 1992, Glória lançou De Corpo e
Alma , marcada pelo assassinato de
sua filha, a atriz Daniela Perez, pelo
colega de cena Guilherme de Pádua .
Em 1995, Glória leva ao ar Explode
Coração, uma história sobre a
cultura cigana, protagonizada por
Tereza Seiblitz[7] .
Em 1998, escreve a minissérie Hilda
Furacão , protagonizada por Ana
Paula Arósio, Danton Mello e Rodrigo
Santoro , baseada no romance de
Roberto Drummond (vivido por
Danton Mello na minissérie). No
mesmo ano, Glória escreve episódios
para a série Mulher .
No fim de 1998 assina o remake de
Pecado Capital , baseado na novela
original de Janete Clair.
Entre 2001-2002 escreve o grande
sucesso O Clone .
Em 2003, Glória criou o seriado A
Diarista , que foi ao ar no mesmo
ano como especial de fim de ano.
Com o sucesso, entrou para a grade
em Abril de 2004, desta vez escrito
por Aloísio de Abreu e Bruno
Mazzeo .
Em 2005, escreveu América . Com a
saída do diretor Jayme Monjardim, a
novela passou por uma reforma: o
tema de abertura foi trocado, as
trilhas sonoras nacional e
internacional foram relançadas
separadamente e os rumos dos
protagonistas foram alterados.
Em 2007, lançou a minissérie
Amazônia, de Galvez a Chico Mendes ,
que mostrou a história do Acre e
seus povos e revelou como o local se
tornou território brasileiro através
da luta de sua gente.
Em 2009, Glória lançou sua mais
recente telenovela, Caminho das
Índias , que teve como temática a
cultura indiana. No mesmo ano, foi
considerada pela Revista Época um
dos 100 brasileiros mais influentes
do ano de 2009.
Controvérsias
Algumas das telenovelas que
escreveu, como O Clone e Caminho
das Índias, são alvo de controvérsia
por apresentarem visões deturpadas
e estereotipadas de religiões e
países estrangeiros, segundo a
crítica qualificada.
Prêmios
1996
Prêmio Contigo - destaque do
ano: Explode Coração
1998
APCA - grande prêmio da crítica:
Hilda Furacão
TV Press - melhor série: Hilda
Furacão
TV Press - melhor autora
2001/2002
Prêmio INTE - melhor novela: O
Clone
Prêmio INTE - melhor autora
Prêmio Qualidade Brasil RJ -
melhor novela: O Clone
Prêmio Qualidade Brasil RJ -
melhor autora
TV Press - melhor autora
TV Press - melhor novela: [[Clone
Prêmio Contigo - melhor novela:
O Clone
Prêmio Contigo - melhor autora
Troféu Imprensa - melhor novela:
O Clone
Troféu Internet ( SBT) - melhor
novela: [O Clone
2005
Brazilian Awards - homenagem
especial : América
2007
Prêmio Qualidade Brasil - melhor
projeto especial de teledramaturgia:
[Amazônia, de Galvez a Chico Mendes
2009
EMMY International - melhor
novela: Caminho das Índias
Prêmio Qualidade Brasil - melhor
novela: Caminho das Índias
Prêmio Qualidade Brasil - melhor
autora
Prêmio Extra de Televisão -
melhor novela: Caminho das Índias
Poptevê - melhor novela: Caminho
das Índias
TV Press - melhor novela:
Caminho das Índias
Prêmio Contigo - melhor novela:
[Caminho das Índias
Prêmio Contigo - melhor autora
Troféu Imprensa - melhor novela:
Caminho das Índias]
Troféu Internet (SBT) - melhor
novela: Caminho das Índias
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