segunda-feira, 19 de novembro de 2012
Biografia de Fernanda Montenegro
Fernanda Montenegro ( nome
artístico de Arlette Pinheiro
Esteves Torres; Rio de Janeiro , 16 de
outubro de 1929 ), é uma atriz
brasileira de cinema , teatro e
televisão .
Considerada tanto pelo público
quanto pela crítica brasileira como
uma das maiores damas do teatro,
TV e cinema de todos os tempos, é a
única atriz brasileira já indicada ao
Oscar de melhor atriz, sendo
nomeada por seu trabalho em
Central do Brasil em 1998. [1]
Biografia
Iniciou sua carreira no ano de 1950,
na peça Alegres Canções nas
Montanhas, ao lado daquele que
seria seu marido por toda a vida,
Fernando Torres.
Sua estreia em cinema se dá na
produção de 1964 para a tragédia de
Nelson Rodrigues, A Falecida, sob
direção de Leon Hirszman .
Além de ter sido cinco vezes
galardoada com o Prêmio Molière ,
ter recebido três vezes o Prêmio
Governador do Estado de São Paulo
e de inúmeros outros prêmios em
teatro e cinema , ganhou ainda o
Urso de Prata de melhor atriz e
concorreu ao Óscar de melhor atriz
em 1999 e ao Globo de Ouro de
Melhor atriz em filme dramático
[1] pelo filme Central do Brasil de
Walter Salles. Recebeu também
vários prêmios da crítica americana,
no mesmo ano (Los Angeles Film
Critics Award, National Board of
Review Award).
Em televisão participou de centenas
de teleteatros na extinta TV Tupi ,
que na direção revezavam-se
Fernando Torres (ator) , Sérgio Britto
e Flávio Rangel . , telenovelas na
extinta TV Excelsior e na TV Rio e na
Rede Record e dezenas de
produções na Rede Globo .
Tem dois filhos: a atriz Fernanda
Torres e o diretor Cláudio Torres , um
dos sócios da Conspiração Filmes ,
produtora de publicidade e cinema.
Torres é seu sobrenome de casada,
apesar de ser viúva. Quando solteira
possuía Silva ao invés de Torres. [2]
Infância, juventude e formação
Seu nascimento foi perto do bairro
de Cascadura , subúrbio do Rio . Era
filha de uma dona de casa (filha de
sardos da localidade de Bonarcado)
e de um operário, com estudos de
mecânica. Fernanda cresceu neste
ambiente, frequentando colégios
públicos locais e o sítio dos seus
avós em Jacarepaguá .
Com doze anos de idade, conclui seu
primário e dedica-se a formação
para o trabalho, matriculando-se no
curso de secretariado Berlitz, que
compreendia inglês, francês,
português, estenografia e
datilografia. Frequentava ainda o
"curso de madureza" (espécie de
supletivo) à noite, conseguindo
concluir o equivalente ao ginasial em
dois anos.
Aos quinze anos, porém, Fernanda,
ainda no terceiro ano do curso de
secretariado, inscreveu-se num
concurso como locutora na Rádio
MEC , fator que foi decisivo para a
sua carreira. O concurso, chamado
"Teatro da Mocidade", era voltado a
despertar jovens talentos para o
radialismo.
Localizada na Praça da República
(Campo de Santana), a Rádio MEC
fica ao lado da Faculdade Nacional
de Direito da UFRJ, na qual
funcionava um grupo de teatro
amador dos alunos da faculdade,
coordenado pelo professor Adauto
Filho. Ligada a Magalhães Graça e
Valquíria Brangatz (também
chamada artisticamente de "Neli
Rodrigues"), alunos da Faculdade e
colegas na Rádio, Fernanda passa a
integrar o grupo de teatro, ao
participar da peça "Nuestra
Natascha", de Cassona.
Posteriormente, foi levada pelo
professor Adauto para participar de
atividades no Teatro Ginástico.
Seu primeiro papel como radio-atriz
foi numa obra de Cláudio Fornari,
que, na época, era um autor muito
importante, chamada "Sinhá Moça
Chorou", na qual fez o papel da
Manuela, que era uma jovem - o
segundo papel feminino - que se
apaixonou pelo Garibaldi. E aí foi
dada a partida.
Fernanda permaneceu na Rádio por
dez anos, inicialmente como locutora
e depois como atriz. Foi lá que
Fernanda, ao começar a escrever,
adotou o pseudônimo "Fernanda
Montenegro".
Paralelamente, a atriz passou a
lecionar português para estrangeiros
no Berlitz, curso que havia
frequentado por quatro anos. Era a
forma de obter alguma
remuneração, já que o trabalho na
Rádio nem sempre era remunerado.
Vida profissional
A atriz brasileira Fernanda
Montenegro
Foi a primeira atriz contratada pela
recém-criada TV Tupi do Rio de
Janeiro , em 1951. Na emissora, entre
1951 e 1953, participou de cerca de
80 peças, exibidas nos programas
Retrospectiva do Teatro Universal e
Retrospectiva do Teatro Brasileiro.
Sob a direção de Jacy Campos,
Chianca de Garcia e Olavo de Barros,
atuou ao lado de Paulo Porto,
Heloísa Helena, Grande Otelo,
Fregolente e Colé. Participou
também de programas policiais
escritos por Jacy Campos e Amaral
Neto.
No teatro, Fernanda Montenegro
ganhou o prêmio de atriz revelação
da Associação Brasileira de Críticos
Teatrais, em 1952, por seu trabalho
nas peças Está lá fora um inspetor,
de J.B. Priestley, e Loucuras do
Imperador, de Paulo Magalhães.
Ainda na década de 1950, fez parte
da Companhia Maria Della Costa e
do Teatro Brasileiro de Comédia
(TBC).
Entre 1953 e 1955, a atriz participou
de diversos teleteatros na TV Tupi de
São Paulo, apresentados no Grande
Teatro Tupi . De volta à Tupi carioca,
atuou em mais de 160 peças
apresentadas naquele programa de
1956 a 1965. Em 1959 formou sua
própria companhia teatral, a
Companhia dos Sete, com Sérgio
Britto , Ítalo Rossi, Gianni Ratto ,
Luciana Petruccelli, Alfredo Souto de
Almeida e Fernando Torres (ator) . A
atriz é considerada uma das grandes
damas do teatro brasileiro, tendo
recebido diversos prêmios ao longo
da carreira, por espetáculos como A
Moratória (1955), de Jorge Andrade ;
Nossa Vida com Papai (1956); Vestir
os Nus (1958); O Mambembe (1959),
com direção de Gianni Ratto ; Mary,
Mary (1963), dirigido por Adolfo Celi ;
Mirandolina (1964), de Carlo Goldoni;
A mulher de todos nós (1966),
dirigida pelo marido, Fernando
Torres (ator) ; As lágrimas amargas
de Petra von Kant (1982); Dona
Doida, Um Interlúdio (1987), entre
muitas outras peças.
Em 1963, contratada pela TV Rio ,
atuou nas novelas Pouco Amor Não
É Amor e A Morta Sem Espelho,
ambas de Nélson Rodrigues, com
direção de Fernando Torres (ator) e
Sérgio Britto, respectivamente. Em
1964, fez mais duas novelas dirigidas
por Sérgio Britto : Vitória e Sonho de
Amor, esta última uma adaptação
feita por Nélson Rodrigues do
romance O Tronco do Ipê , de José
de Alencar , produzida pela TV Rio e
exibida também em São Paulo pela
TV Record .
Em 1965, na recém-criada TV Globo,
Fernanda Montenegro participou do
programa 4 no Teatro, que
apresentou uma série de teleteatros
sob a direção de Sérgio Britto . Em
sua estreia na emissora, a atriz
atuou nas peças Massacre, de
Emanuel Robles, e As três faces de
Eva, de Janete Clair .
No ano seguinte, na TV Tupi,
interpretou a personagem Amália, na
novela Calúnia, de Talma de Oliveira.
Em 1967, estreou na TV Excelsior
como Lisa, em Redenção , novela de
Raimundo Lopes. Dirigida por
Reynaldo Boury e Waldemar de
Moraes, Redenção foi um grande
sucesso, atingindo 596 capítulos e se
tornando um marco na história das
telenovelas brasileiras.
Ainda na TV Excelsior, em 1968,
Fernanda Montenegro viveu a
Cândida em A muralha , adaptação
de Ivani Ribeiro da obra de Dinah
Silveira de Queiroz. Com direção de
Sérgio Britto e Gonzaga Blota , a
novela foi considerada uma
superprodução em sua época. Na
mesma emissora, em 1969 , a atriz
viveu a personagem Júlia Camargo,
de Sangue do meu Sangue, escrita
por Vicente Sesso , novamente
dirigida por Sérgio Britto , com
elenco composto por Francisco
Cuoco , Cláudio Correa e Castro,
Nicete Bruno e Tônia Carrero .
Fernanda Montenegro deixou a
falida TV Excelsior em 1970 e
manteve-se afastada da televisão
durante nove anos, intervalo
quebrado apenas pela realização de
dois trabalhos: o teleteatro A
Cotovia, de Jean Anouilh , para a TV
Tupi , em 1971, e um Caso Especial da
TV Globo, em 1973 . Este Caso
Especial estrelado pela atriz era uma
adaptação da tragédia Medeia, de
Eurípedes , feita por Oduvaldo Viana
Filho . Levado ao ar no mesmo dia e
horário da estreia do Programa do
Chacrinha, na TV Tupi , o especial da
TV Globo surpreendeu conseguindo
20 pontos de vantagem sobre o
concorrente, segundo as pesquisas
do Ibope .
Ainda na década de 1970, a atriz
integrou o elenco da novela Cara a
Cara (1979), de Vicente Sesso, na TV
Bandeirantes . Na trama, dirigida por
Jardel Mello e Arlindo Barreto , a atriz
viveu a personagem Ingrid Von
Herbert, egressa de um campo de
concentração nazista.
Fernanda Montenegro estreou em
novelas da TV Globo em 1981, em
Baila comigo, de Manoel Carlos . Sua
personagem, Sílvia Toledo
Fernandes, foi escrita especialmente
para a atriz, que foi dirigida por
Roberto Talma e Paulo Ubiratan. No
mesmo ano, viveu a milionária Chica
Newman de Brilhante, novela de
Gilberto Braga . Na trama, Luísa (Vera
Fischer ) é escolhida por Chica
Newman para se casar com seu filho
Ignácio (Dennis Carvalho), que é
homossexual. Mas a moça acaba se
envolvendo com Paulo César
( Tarcísio Meira ), homem de origem
humilde, casado com Isabel (Renée
de Vielmond ), filha de Chica.
Em 1983, Fernanda Montenegro
protagonizou cenas hilariantes ao
lado de Paulo Autran , como os
primos Charlô e Otávio de Guerra
dos Sexos , novela escrita por Sílvio
de Abreu e dirigida por Jorge
Fernando e Guel Arraes. Obrigados a
conviver na mesma casa e na mesma
empresa devido ao testamento de
um tio, os dois empreendiam
"batalhas" diárias, numa verdadeira
guerra. A censura impôs mudanças
em personagens, diálogos e cenas.
Ainda assim, a novela foi um sucesso
e recebeu diversos prêmios da
Associação Paulista de Críticos de
Arte , entre eles o de melhor atriz
para Fernanda Montenegro.
Em 1986, a atriz participou de
Cambalacho , outra comédia de Silvio
de Abreu, dirigida por Jorge
Fernando . Como o título sugere, o
ponto de partida da trama eram os
trambiques armados por Leonarda
Furtado, a "Naná", personagem de
Fernanda Montenegro, e Jerônimo
Machado, o "Gegê", interpretado por
Gianfrancesco Guarnieri .
Quatro anos depois, Fernanda
Montenegro fez uma participação
especial, no papel de Salomé, em
Rainha da Sucata, novela de Silvio de
Abreu , Alcides Nogueira e José
Antônio de Souza. Ainda em 1990,
interpretou a Vó Manuela na
minissérie Riacho Doce, de Aguinaldo
Silva e Ana Maria Moretzsohn . A
minissérie se passa em uma cidade
do nordeste liderada por Vó
Manuela, uma mulher mística e
poderosa que exerce total domínio
sobre seu neto Nô ( Carlos Alberto
Riccelli ).
Em 1991, na novela O Dono do
Mundo , de Gilberto Braga , Fernanda
Montenegro foi Olga Portela, uma
requintada cafetina que, apesar de
picareta, conquistou a simpatia do
público. Dois anos depois,
apresentou uma atuação marcante
como Jacutinga, a dona de um bordel
no interior da Bahia, na primeira
fase da novela Renascer, de Benedito
Ruy Barbosa. Ainda em 1993,
participou – como Madalena Moraes
– da novela O mapa da mina , a
última de Cassiano Gabus Mendes .
Em 1994, como Quitéria Campolargo,
a atriz integrou o elenco estelar de
Incidente em Antares , que reuniu
nomes como Marília Pêra, Regina
Duarte , Gianfrancesco Guarnieri ,
Paulo Goulart , Nicette Bruno , Flávio
Migliaccio , Betty Faria e Diogo Vilela.
A minissérie era uma adaptação de
Nelson Nadotti e Charles Peixoto do
livro homônimo de Érico Veríssimo.
Em seguida, em 1997, Fernanda
Montenegro viveu o papel-título de
Zazá , novela de Lauro César Muniz.
Sua personagem é uma mulher
idealista, que tenta buscar uma
solução para a vida medíocre dos
sete filhos, ao mesmo tempo em que
enfrenta várias adversidades para
fazer seu projeto de avião atômico –
o BR-15 – sair do papel, e provar que
não é louca quando afirma ser filha
de Santos Dumont.
Em 1999, por sua atuação no filme
Central do Brasil, de Walter Salles,
foi a primeira artista brasileira a ser
indicada para o Óscar de melhor
atriz. Um ano antes, ainda por sua
atuação naquele filme, recebeu o
Urso de Prata do Festival de Berlim.
Ainda em 1999, a atriz fez o papel de
Nossa Senhora na minissérie O Auto
da Compadecida , adaptação da
premiada peça de Ariano Suassuna
feita por Guel Arraes, Adriana Falcão
e João Falcão , e transformada em
filme no ano seguinte. Em 2001,
viveu a Lulu de Luxemburgo de As
filhas da mãe , de Silvio de Abreu ,
Alcides Nogueira e Bosco Brasil.
Fernanda Montenegro participou da
primeira fase de Esperança (2002),
novela de Benedito Ruy Barbosa , em
que fez o papel da italiana Luiza, a
avó da protagonista Maria,
interpretada por Priscila Fantin . Em
2005, na premiada minissérie Hoje É
Dia de Maria, dirigida por Luiz
Fernando Carvalho, a atriz
interpretou a madrasta, voltando a
atuar na segunda jornada da série
como Dona Cabeça, narradora da
trama. Em 2006, brilhou na novela
Belíssima como a vilã Bia Falcão,
matriarca da família Assumpção. A
trama de Sílvio de Abreu prendeu a
atenção dos telespectadores até o
último capítulo, quando a
personagem de Fernanda
Montenegro, em vez de receber a
esperada punição, terminou numa
suíte em Paris ao lado do jovem
Matheus (Cauã Reymond ). Um de
seus mais recentes trabalhos na TV
Globo foi a minissérie Queridos
amigos (2008), de Maria Adelaide
Amaral , como intérprete de Iraci.
Ao longo de sua trajetória
profissional, Fernanda Montenegro
recebeu prêmios importantes por
seus trabalhos tanto no teatro
quanto no cinema. Em 1985, foi
convidada pelo então presidente
José Sarney para ocupar o Ministério
da Cultura, mas recusou. Em 1999,
foi condecorada com a maior
comenda que um brasileiro pode
receber do presidente da República,
a Ordem Nacional do Mérito Grã-
Cruz, "pelo reconhecimento ao
destacado trabalho nas artes cênicas
brasileiras". Na época, uma
exposição realizada no Museu de
Arte Moderna (MAM), no Rio de
Janeiro , comemorou os 50 anos de
carreira da atriz. Em 2004, aos 75
anos, recebeu o prêmio de Melhor
Atriz no Festival de Tribeca, em Nova
Iorque .
Entre os filmes em que atuou no
cinema estão A Falecida (1964) e Eles
Não Usam Black-Tie (1980), ambos
de Leon Hirszman . E, mais
recentemente, Olga, de Jayme
Monjardim, onde interpretou
Leocádia Prestes, mãe do líder
comunista Luís Carlos Prestes;
Redentor (2004), dirigido por seu
filho, Cláudio Torres ; Casa de Areia
(2005), filme dirigido pelo genro
Andrucha Waddington , marido de
sua filha, a atriz Fernanda Torres ; e
Love in the Time of Cholera (br: O
Amor nos Tempos do Cólera), de
Mike Newell , lançado em 2007, onde
fez a personagem Tránsito Ariza,
mãe do personagem do ator
espanhol Javier Bardem.
Recentemente, viveu a protagonista
Bete em Passione , de Sílvio de
Abreu .
Carreira
Teatro
Em mais de cinquenta anos de
carreira, participou de dezenas de
espetáculos teatrais, interpretando
de tudo: da clássica tragédia grega à
comédia de boulevard, do musical
brasileiro a espetáculos de
vanguarda . Sempre ao lado de
grandes nomes, do elenco à direção.
A seguir, alguns de seus grandes
sucessos:
1954 - O Canto da Cotovia, de Jean
Anouilh - direção de Gianni Ratto
1955 - Com a Pulga Atrás da
Orelha, de Georges Feydeau -
direção de Gianni Ratto
1955 - A Moratória, de Jorge de
Andrade - direção de Gianni Ratto
1956 - Eurídice , de Jean Anouilh -
direção de Gianni Ratto
1958 - Vestir os Nus, de Luigi
Pirandello - direção de Alberto
d'Aversa
1959 - O Mambembe, de Arthur
Azevedo e José Piza. direção de
Gianni Ratto
1960 - A Profissão da Sra. Warren,
de Bernard Shaw - direção de Gianni
Ratto
1960 - Com a Pulga Atrás da
Orelha, de Georges Feydeau -
direção de Gianni Ratto
1961 - O Beijo no Asfalto, de
Nelson Rodrigues - direção de
Fernando Torres (ator)
1963 - Mary, Mary, de Jean Kerr -
direção de Adolfo Celi
1966 - O Homem do Princípio ao
Fim, de Millôr Fernandes - direção de
Fernando Torres (ator)
1967 - A Volta ao Lar, de Harold
Pinter - direção de Fernando Torres
(ator)
1970 - Oh! Que Belos Dias, de
Samuel Beckett - direção de Ivan de
Albuquerque
1971 - Computa, Computador,
Computa, de Millôr Fernandes -
direção de Carlos Kroeber
1972 - Seria Cômico... Se Não
Fosse Trágico, de Friedrich
Dürrenmatt - direção de Celso Nunes
1976 - A Mais Sólida Mansão
1977 - É... , de Millôr Fernandes -
direção de Paulo José
1982 - As Lágrimas Amargas de
Petra von Kant, de Rainer Werner
Fassbinder - direção de Celso Nunes
1986 - Fedra , de Racine - direção
de Augusto Boal
1987 - Dona Doida, a partir de
escritos da poeta mineira Adélia
Prado - direção de Naum Alves de
Souza
1993 - The Flash and Crash Days,
de Gerald Thomas - direção de
Gerald Thomas
1995/96 - Dias Felizes, de Samuel
Beckett - direção de Jacqueline
Laurence
1998 - Da Gaivota, a partir da peça
A Gaivota , de Anton Tchekhov -
direção de Daniela Thomas
2010 - Viver Sem Tempos Mortos,
cuja participação lhe rendeu o
prêmio de melhor atriz na 22ª edição
do Prêmio Shell de Teatro de São
Paulo [3]
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